UML

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Houve um período, não muito distante, em que as relações entre administradores
e analistas eram marcadas por grandes dificuldades de comunicação. Essa dificuldade
 histórica, no entanto, foi o que moveu pesquisadores da área de Engenharia de Software
 a buscar formas de estreitar as diferenças entre essas duas áreas de trabalho.
Começaram a ser elaborados mecanismos e criadas novas técnicas para simplificar
a comunicação, a fim de facilitar o andamento da fase inicial do desenvolvimento
 de software. A mesma dificuldade antes identificada entre analistas e programadores
 estimulou a criação de mecanismos capazes de propor modelos de alto nível, que
abstraíssem (de abstração, reduzir a fórmulas e sistemas) a realidade dos administradores.
 Dessa forma, pesquisadores criaram uma técnica de modelagem de alto nível denominada
 de Modelagem de Negócio. Parte integrante do processo de desenvolvimento de software,
 ela serviu para facilitar a comunicação com as pessoas que fazem parte do negócio e
que não possuem conhecimentos de Engenharia de Software. Os ganhos obtidos foram significativos
 para ambas as partes. A modelagem de negócios diz respeito à abstração completa do
 funcionamento de um negócio. A realização da modelagem de negócios pode oferecer à empresa
melhor compreensão de seus negócios, ajudar na formação da base para desenvolvimento da TI
e dos Sistemas de Informação, na melhoria da estrutura das operações; na geração de idéias
 inovadoras, no projeto de novos processos e na identificação de oportunidades de terceirização.
 De acordo com os autores Michael Hammer e James Champy, “um processo de negócio é uma
coleção de atividades que usam um ou mais tipos de entrada e criam uma saída que seja de
valor para o cliente. Um processo de negócio tem um objetivo e é afetado por eventos que
ocorrem no mundo externo ou em outros processos”. Já a definição do autor Thomas Davenport
 aponta que o processo de Modelagem de Negócios “é um conjunto estruturado de atividades,
 desenhado para produzir um resultado especificado para um cliente ou um mercado em particular.
 Isso implica forte ênfase sobre como o trabalho é feito dentro da organização, em contraste
com o foco no produto. Um processo é então uma ordenação específica de atividades de trabalho,
 por meio do tempo e do espaço, com começo e fim e entradas e saídas claramente identificadas:
 uma estrutura para ação”. Serviços de Consultoria Para construir o modelo de negócios a
ser seguido, a empresa faz um estudo do mercado onde o cliente atua e analisa algumas variáveis.
 São elas: o tamanho do segmento e a posição do cliente no contexto do mercado global, as
tendências mercadológicas gerais e as de seu segmento em particular, o posicionamento no mercado
 do cliente e de seus concorrentes diretos e indiretos e finalmente os objetivos mercadológicos
do cliente a curto, médio e longo prazo. Depois dessa etapa, busca-se a melhor solução a ser
adotada, levando em consideração a relação custo-benefício para o cliente. A solução vai propor
 um cronograma de automação, programação de investimentos e previsão de incrementos de
competitividade para o cliente. A equipe responsável pela estruturação dos projetos normalmente
 é multidisciplinar, ou seja, é constituída por profissionais graduados em diversas áreas:
 Administração de Empresas, Engenharia e Análise de Sistemas, Economia e Marketing. Essa
multidisciplinaridade facilita a elaboração de um planejamento completo e a estruturação
de um modelo de negócio que atenda às reais necessidades da empresa cliente. Muitas empresas
especializadas oferecem consultorias, com o objetivo de auxiliar os clientes na escolha da
solução ideal para cada tipo de negócio. Uma vez feita a escolha mais apropriada, a TI será
capaz não só de aumentar a produtividade, como também de maximizar sua cadeia de valor. Por
 intermédio da análise da empresa e de suas necessidades, faz-se um estudo detalhado das
opções disponíveis no mercado e de como elas se compõem. Em seguida, propõe-se um conjunto
de soluções, para atender às especificações da empresa. Também pode ser desenvolvido um
plano de ação e de arquitetura da solução. h4. Características definidas Um processo de
 negócio possui determinadas características, comuns a todos eles: tem uma meta, entradas
e saídas específicas, usa recursos e tem um número de atividades executadas em certa ordem,
 dependendo das condições e dos eventos que ocorrem durante a execução do processo. Tais
atividades podem ser vistas como subprocessos. Modelagem nada mais é do que uma simplificação
 da realidade. Os modelos são construídos para compreender melhor o sistema que está sendo
desenvolvido. De acordo com outra definição, atribuída aos autores Eriksson-Penker, “um modelo
 do negócio é uma abstração do funcionamento do próprio negócio". Tal modelo é composto por
 quatro etapas bem definidas: objetivos, recursos, processos e regras. Os objetivos são os
propósitos do negócio, ou seja, o resultado que toda organização deseja atingir. Os recursos
 constituem os agentes e objetos utilizados em um negócio, tais como pessoas, materiais,
informações ou produtos. Os processos são as atividades que devem ser estruturadas para que
 seja gerado um produto, bem ou serviço. E, finalmente, as regras são normas que restringem,
 derivam e fornecem condições de existência, representando o conhecimento do negócio. A modelagem
 de negócios tem uma série de finalidades, entre as quais podem ser citadas: o entendimento
 da estrutura e da dinâmica da organização em que um sistema deve ser implementado
(a organização-alvo), e o entendimento dos problemas atuais da organização-alvo, para identificar
 as possibilidades de melhoria. Outra das suas funções é assegurar que os clientes, usuários e
 desenvolvedores tenham um entendimento comum da organização-alvo. A modelagem de negócios
também é usada para derivar os requisitos de sistema necessários para sustentar a organização-alvo.
 Para atingir essas metas, a disciplina de modelagem de negócios descreve como desenvolver
logia de apoio, em especial a Tecnologia da Informação (TI), a integração, monitoração e
otimização dos processos. Os processos também diferem em sua natureza. O Processo de Negócio
caracteriza a atuação da organização, resultando no bem final para atendimento a um cliente
externo (processo de cliente), envolvendo os processos organizacionais, e é próprio da
organização em busca de seu desempenho geral, garantindo o suporte adequado a algum processo
de negócio. Já os processos gerenciais são focados no gerenciamento de processos das demais
 naturezas, incluindo ações de medições e ajustes do desempenho por parte de alguma área da
 organização. Quando se fala em Modelagem de Processos, há duas variáveis envolvidas: modelar,
 ou seja, fazer modelos, e a técnica em si, que se refere ao Diagrama de Atividades, definido
 na UML (Unified Modeling Language). h4. Terceira geração A Unified Modeling Language (UML)
 é uma linguagem de modelagem não proprietária de terceira geração. A UML não é uma metodologia
 de desenvolvimento, o que significa que ela não determina o que fazer primeiro ou como projetar
um sistema, mas ela ajuda a visualizar seu desenho e a comunicação entre objetos. Basicamente,
a UML permite que desenvolvedores visualizem os produtos de seu trabalho em diagramas padronizados.
 Junto com uma notação gráfica, a UML também especifica significados, isto é, semântica. É uma
notação independente de processos, embora o Rational Unified Process (RUP) tenha sido especifi
camente desenvolvido utilizando a UML. É importante distinguir entre um modelo UML e um diagrama (ou conjunto de diagramas) de UML. Este último é uma representação gráfica da informação do primeiro, mas o primeiro pode existir independentemente. O XML Metadata Interchange (XMI), na sua versão corrente, disponibiliza troca de modelos, mas não de diagramas. A especificação, a documentação e a estruturação para subvisualização e maior visualização lógica de um total desenvolvimento são os objetivos da UML. Embora a UML defina uma linguagem precisa, ela não é uma barreira para futuros aperfeiçoamentos nos conceitos de modelagem. O desenvolvimento da UML foi baseado em técnicas antigas e marcantes da orientação a objetos, mas muitas outras influenciarão a linguagem em suas próximas versões. Muitas técnicas avançadas de modelagem podem ser definidas usando UML como base, podendo ser estendida sem se fazer necessário redefinir a sua estrutura interna. A UML será a base para muitas ferramentas de desenvolvimento,
 incluindo modelagem visual, simulações e ambientes de desenvolvimento. Em breve, ferramentas
 de integração e padrões de implementação baseados em UML estarão disponíveis para qualquer um.
 A UML integrou muitos conceitos, alguns até opostos, e essa integração acelera o uso do
esenvolvimento de softwares orientados a objetos. A UML tem origem na compilação das "melhores
 práticas de engenharia" que provaram ter sucesso na modelagem de sistemas grandes e complexos.
 Sucedeu aos conceitos de Booch, OMT (Rumbaugh) e OOSE (Jacobson) fundindo-os numa única
linguagem de modelagem comum e largamente utilizada. A UML pretende ser a linguagem de
 modelagem padrão para modelar sistemas concorrentes e distribuídos. A UML ainda não é um
 padrão da indústria, mas esse é o objetivo do Object Management Group (OMG). O OMG pediu
informação acerca de metodologias orientadas a objetos que pudessem criar uma linguagem
rigorosa de modelação de software. Muitos líderes da indústria responderam na esperança de ajudar
 a criar o padrão.
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