Como um CPF ou RG podem ser identificado...

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O RFID pode ser visto como um transponder muito mais barato e simples que pode ser usado para identificar praticamente qualquer coisa. Como um CPF ou RG, a parte de identificação do RFID é composta por um conjunto de números


RFID é a sigla para Radio Frequency Identification, ou Identificação por Radiofrequência. A tecnologia, desenvolvida pelo Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, utiliza ondas eletromagnéticas para acessar dados armazenados em um microchip.

A solução teve sua origem na tecnologia dos transponders utilizados pelos ingleses na 2ª Guerra Mundial. O transponder ainda é utilizado e funciona recebendo e transmitindo sinais quando uma “pergunta”, em forma de pulso eletrônico, é feita. Na 2ª Guerra, ele identificava os aviões da Royal Air Force (RAF – Força Aérea Real). Assim, quando uma aeronave aparecia no radar e não “respondia” com seu transponder, ela era identificada como inimiga e abatida.

O RFID pode ser visto como um transponder muito mais barato e simples que pode ser usado para identificar praticamente qualquer coisa. Como um CPF ou RG, a parte de identificação do RFID é composta por um conjunto de números. Cada chip tem um código eletrônico de produto que é único (também conhecido como EPC – Electronic Product Code) e que pode ser consultado por meio de antenas de radiofrequência. Quando a etiqueta é colada em uma lata de óleo, um computador, um animal, uma pessoa etc., a etiqueta, ou tag, transmite a informação para antenas com freqüência compatível que ativam o chip, eletronicamente, identificando o produto.


RFID é uma realidade?


O que antes era visto como uma solução complexa hoje já pode ser considerado um recurso real e viável. Assim podemos definir a evolução tecnológica e de aceitação do RFID nos últimos anos.

Ainda existe a necessidade de maior divulgação da tecnologia por parte fornecedores e usuários e o custo relativamente alto para sua implementação impacta nos processos corporativos. Mas a ferramenta que identifica, rastreia e monitora produtos, documentos e até indivíduos sem um campo visual deve continuar como uma das grandes apostas do mercado.

A capacidade da solução de agir como diferencial competitivo deve ser o principal ponto explorado pelo mercado. Com o RFID é possível contar com a tecnologia diretamente focada aos negócios – com a identificação e a localização de produtos e o controle de acesso de pessoas, por exemplo. Além disso, a abertura para novas oportunidades, como a segurança física, que no Brasil é uma preocupação constante, certamente impulsionará o uso da solução.

Com a desburocratização desses processos – principalmente relativos à logística empresarial –, a competitividade das organizações cresce e elas podem concnetrar energia em novos produtos ou áreas que necessitem de investimento. Para exemplificar essa teoria, Chris Adcock, líder de operações globais da EPC Global, cita corporações como a Boeing e a Dod, de transporte de produtos.

A primeira implementou a solução para melhorar a verificação de oxigênio nas aeronaves. A tarefa, que consumia 17 horas e dependia de dois funcionários, hoje é realizada por uma única pessoa, em apenas 8,5 minutos. Já a segunda, que conta com quatro mil fornecedores entregando produtos em 20 países, com mais de 2.500 containeres rastreados por dia, utilizou o RFID para padronizar o diálogo entre TI e os processos da companhia.

“Com a diminuição no tempo das transações e nos erros que eram cometidos devido ao grande número de dados para serem coordenados, a DoD observou aumento em seu valor de mercado e possibilidade de ampliar sua capacidade de serviços”, aponta Adcock.

A RFID beneficia empresas e seus clientes

A Intel, juntamente com a SAP e IBM, são os líderes tecnológicos mais importantes na iniciativa Loja do Futuro do METRO Group, que pilotou o uso do gerenciamento de estoque baseado na RFID. A inovação contínua na Intel, aliada a um compromisso anual de pesquisa e desenvolvimento de $4 bilhões de dólares nos Estados Unidos, significa mais desempenho e menos custos para as principais tecnologias da Intel, que entrarão em todos os lugares, desde as leitoras de etiquetas até os servidores de nível empresarial e dispositivos de vários clientes diferentes. A integração de soluções robustas de RFID à arquitetura Intel baseada em padrões abertos permite que as empresas aumentem a eficiência dos processos comerciais e reduzam os custos operacionais.

Diferentemente da tecnologia de código de barras tradicional, as leitoras de RFID podem digitalizar centenas de itens etiquetados simultaneamente e não exigem uma "linha de visão" entre a etiqueta e o scanner. O aspecto mais importante do desenvolvimento da RFID, no entanto, está no modo como as empresas usam os dados obtidos.

Vantagens para a sua organização

-Identificação de falsificações, prevenção contra roubos e devoluções mais velozes

- Aumento da produtividade e redução significativa dos custos operacionais


Vantagens para os clientes


-Lojas com atendimento mais rápido e sem balconistas

-Proteção contra falsificações

-Estoque sempre disponível no andar térreo

-Renovação de produtos

-Personalização de produtos e informações

-Reciclagem inteligente de produtos

Os dados gerados pela leitora de RFIDs podem ser convertidos em informações importantes e acionáveis, que proporcionam um considerável retorno sobre o investimento, ao obter, consolidar e analisar enormes volumes de dados que podem ser usados para tomar decisões empresariais mais velozes e eficientes. Por exemplo:

• Aumentar a disponibilidade dos produtos e identificar as áreas problemáticas na cadeia de abastecimento
• Dinamizar a eficiência da logística e reduzir o roubo e a falsificação
• Aumentar a precisão do inventário e otimizar a projeção de estimativas comerciais
• Reduzir os custos de manutenção e concentrar-se nas exceções de processos dispendiosos

Tecnologia RFID agrega valor em três níveis


Valor imediato: As etiquetas RFID permitem que os itens sejam lidos em múltiplos, sem a participação da linha de visão ou do ser humano, e a uma distância máxima de três metros, o que pode cortar os custos de verificação, controle de inventário e de prevenção contra perdas.

Valor de curto prazo: A RFID pode agregar valor ao longo da cadeia de abastecimento, por meio do rastreamento e gerenciamento dos ativos, devolução de produtos e rastreamento da origem dos produtos.

Valor de longo prazo: O uso colaborativo das informações de RFID pode ajudar as cadeias de abastecimento a gerenciarem o inventário de modo eficiente. E os sistemas de preenchimento de produtos, orientados por solicitação, podem associar o comportamento do consumidor ao planejamento do inventário, à logística e, inclusive, ao design do produto.

Evolução na Mitsubishi

Com os desafios de entender completamente seu ambiente de trabalho, fluxo de produtos e analisar a infra-estrutura disponível na organização, a MMC Automotores do Brasil, responsável pela produção e distribuição dos veículos Mitsubishi em território brasileiro, implementou o sistema RFID para controlar quantidade de peças produzidas.

“Temos um sistema em nossa intranet que identifica cada grupo de operação da empresa e monitora quando o produto sai de uma etapa de fabricação e vai para outra. Antes, quando isso acontecia, o técnico tinha de digitar o número do chassi do veículo para registrar a mudança”, descreveu Sérgio Gebara Ramos, gerente de planejamento da MMC.

Porém, muitas vezes, o processo não era concluído com sucesso. Com técnicos muito ocupados para efetuar o registro imediatamente ou erros de digitação, o controle da produção apresentava incorreções que prejudicavam a tomada de decisões estratégica da companhia. Agora, com o tag anexado ao automóvel, essas informações vão, automaticamente, para o ERP da empresa, onde estarão sempre atualizadas e disponíveis aos executivos. A MMC investiu, até o momento, R$ 300 mil com o processo e pretende estendê-lo a outras áreas da companhia – outras etapas da produção dos veículos e no gerenciamento de acessos de pessoas.

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