VERTICALIZAÇÃO

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Verticalização

Indústria e Varejo

Transformar desafio em oportunidades de negócio. Assim como em outros segmentos de atuação, no varejo esse também é o desejo de executivos e gestores. Entretanto, para se traçar um plano de como agir na busca por esse objetivo, é preciso definir o perfil específico de cada negócio, suas metas e o nível de maturidade de sua infra-estrutura para tanto.

“O varejo continua se informatizando, seja pela necessidade de aderências legais ou pela busca por uma maior produtividade. E nesse contexto, as empresas estão procurando saber mais sobre o comportamento dos consumidores e rotatividade de produtos, por exemplo”, diz o professor Fernando Meirelles, que participou de seminário sobre o assunto, realizado pelo Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas.

Para ele, a grande diferença do setor varejista é que ele começou mais tarde seu processo de informatização. “Enquanto os outros segmentos já estavam avançando, o varejo ficou paralisado até 1996, 1997 e, então, enfrentam hoje a pressão: necessidade X oportunidade”, diz.

Segundo Meirelles, são três os principais focos de investimento em TI pela área. Em primeiro lugar, o compartilhamento de serviços e a troca de plataformas tecnológicas para isso. Depois, a utilização das informações coletadas sobre clientes para ações mais elaboradas; e, no final; a troca de equipamentos por versões mais modernas e com interfaces mais amigáveis.

Varejo investe pouco em tecnologia

O investimento em tecnologia por parte das empresas de varejo ainda é pequeno. Pelo menos essa é a percepção da consultoria especializada na vertical Gouvêa de Souza & MD. De acordo com Alexandre Horta, sócio da empresa, a média dos recursos aplicados em TI por empresas do segmento é na casa dos 0,8% de seus faturamentos, sendo que a maior parte do dinheiro é destinada a soluções de ponto-de-venda. Segundo o executivo, o investimento chega a 1,5% do faturamento das empresas com receitas anuais acima de US$ 5 bilhões.

“Mesmo os grandes varejos ainda usam pouca tecnologia”, sentencia Horta, dizendo que o estágio de adoção de sistemas transacionais está atendido. Pelas contas do executivo, atualmente, 15 empresas da vertical estão prontas para utilizar ferramentas de analíticas mais sofisticadas, enquanto uma dezena de varejistas já atingiram esse nível.

Estima-se que o segmento de varejo cresceu 9,7%, em 2007. Para o futuro, o consultor acredita que o mercado deve manter-se aquecido, influenciado pelo desenvolvimento econômico brasileiro, expansão de crédito e aumento de renda. Como fatores que atrasam a evolução mais acentuada da vertical, Horta aponta a alta carga tributária praticada no país, os gastos elevados do governo e a infra-estrutura nacional precária.

De acordo com o executivo da Gouvêa de Souza & MD o que deve contribuir para uma adoção de sistemas mais analíticos pelos varejistas é a tendência de segmentação dos consumidores. “Atender clientes de perfil distinto passa por uma série de ajustes operacionais”, avalia Horta, lembrando que a assertividade na escolha do mix de produto exposto nas lojas.

“Gerar eficiência operacional implica em cruzamento de dados”, reforça o consultor. Para ele, isso demanda que o varejo busque profissionais com formação analítica para usar as informações apuradas ao longo dos últimos anos.

Virtualização integra ERP de quatro unidades da Brabus

Concessionária Mitsubishi, a Brabus buscou na virtualização uma forma de simplificar e viabilizar a entrega de seu software de gestão empresarial (ERP) em suas quatro unidades, nas cidades de São Paulo e Salvador. A tecnologia deve contribuir também para a estratégia de crescimento, que contempla a abertura de mais quatro unidades em futuro próximo.

A instalação da solução Citrix XenApp em dois servidores permitiu que a empresa duplicasse a demanda de seus sistemas sem prejuízo de velocidade. Segundo Rogério Alves Monteiro, gerente de TI da companhia, isso dá tranqüilidade para projetar crescimento. “Aumentamos a demanda e o sistema gerencia bem, balanceando a carga entre os dois servidores”, ilustra.

Na sede paulistana, há dois servidores com o ERP marca NBS – especialista na vertical de varejo automotivo. As filiais usam redes MPLScom velocidade de 512 e um concentrado de 2 MB. Segundo Monteiro, o pacote de transmissão de dados entre as lojas não é muito grande, mas a ferramenta compacta os arquivos, conferindo velocidade e estabilidade de tráfego, ampliando em 50% a rapidez das operações.

Módulos de venda

O ERP é classificado como uma aplicação crítica para a concessionária, pois carrega os módulos de venda de veículos, contas a pagar e a receber. Até adotar a virtualização, o aplicativo de gestão baseado em Cobol rodava localmente em cada unidade. Na hora de sincronizar os dados, a distância dificultava atualizações e gerava erros na distribuição por patch. Cerca de 80 funcionários têm acesso ao software.

Um dos problemas que a companhia enfrentava no modelo antigo era a impressão de documentos e o travamento da ferramenta, pois não havia uma divisão de tarefas. Enquanto um servidor operava em carga máxima, o outro podia estar praticamente ocioso. “A ferramenta antiga exigia plantão até no domingo”, compara o gerente.

O projeto foi realizado em um mês, no começo de 2007, e teve investimentos acima de R$ 100 mil. A consultoria Rationale implementou a tecnologia . Por ser um conceito dinâmico, a virtualização permite à companhia crescer de forma rápida. “Se minha diretoria quiser abrir 10 filiais amanhã e eu espeto mais um servidor e estou pronto”, conclui Monteiro.

Indústria: Spaipa investe em virtualização

A Spaipa, distribuidora e fábrica de bebidas que atende todo o estado do Paraná e oeste de São Paulo, contratou a Service IT Solution para racionalizar seu data center por meio da virtualização. O projeto envolveu utilizar 20 servidores virtuais para cada servidor físico, possibilitando a retirada de três racks ( armários onde ficam os servidores) do data center. A meta é retirar ainda mais quatro racks do local com a inserção de um servidor ESX.

A primeira fase da migração utilizou a consultoria Virtualization Assessment. Nesta etapa, foram apresentadas para o cliente as melhores práticas do mercado, assim como a avaliação da real necessidade de aquisição de novos equipamentos, a possibilidade de reutilização dos equipamentos existentes, além da viabilidade econômica do projeto. Após a aprovação da empresa, a Service IT Solutions fez uso da solução Capacity Planner para coletar, durante 45 dias, informações sobre a utilização de processamento, memória RAM e interfaces de rede e discos de uma lista de servidores físicos que seriam virtualizados. Com as informações geradas pelo Capacity Planner, a Service IT Solutions dimensionou que seriam necessários três servidores ESX para suportar as quase 60 máquinas virtuais previstas no projeto.

Foram contratados equipamentos da IBM, storage da EMC e implementada a solução VMware Virtual Infrastructure 3 Enterprise, além da ferramenta VMware Consolidated Backup, disponível na versão do VI 3 Enterprise. Outras ferramentas da solução adicionaram vantagens ao gerenciamento de TI da empresa, como a possibilidade para movimentação on-line das máquinas virtuais (VMware VMotion), a alta-disponibilidade para as máquinas virtuais (VMware High-Availability) e ainda o balanceamento de cargas entre os servidores físicos para que as suas capacidades permaneçam equilibradas (VMware Distributed Resource Scheduler). O ambiente virtual ainda recebeu as melhores práticas de conexão ao storage externo, para que as máquinas virtuais tivessem melhor desempenho quanto à utilização de disco.

Durante aproximadamente um mês, a Service IT Solutions acompanhou o funcionamento do VI 3 Entreprise no novo ambiente e ainda promoveu o treinamento de Administração Básica do VMware Virtual Infrastructure 3 para a equipe de gerenciamento do local. Com a transição dos servidores físicos para virtuais, a Spaipa conseguiu diminuir o tamanho do seu DataCenter e ainda pode redimensionar a infra-estrutura de arrefecimento do ambiente, diminuindo o consumo de energia e contribuindo com a preservação do meio-ambiente.FONTE :www.nextgenerationcenter.com.br

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